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Moda e Psicologia

  • tenisesaltoalto
  • 15 de set. de 2014
  • 6 min de leitura

E como TUDO à nossa volta está de alguma forma ligado a nossa psique, nada mais justo d que discorrermos um pouco sobre o assunto!

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01- Sei que o tema pode até gerar ainda mais perguntas, mas gostaria de saber o quanto, o que penso sobre mim pode, não apenas influenciar, mas refletir na maneira como me visto?

Sim, influencia e/ou reflete! Para a ciência de psicologia, a forma como lidamos com tudo o que é externo é influenciado pelo nosso interno, inclusive como nos vestimos.

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02- Recentemente li num artigo o seguinte: “Enquanto fenômeno, a Moda pode ser compreendida pelo olhar da Psicologia Sócio-Histórica, que a conceitua como um processo em permanente movimento e transformação, que se encontra simultaneamente, dentro e fora dos indivíduos. Isto leva a considerar a Moda como uma intrincada teia de múltiplas relações, onde cada homem tem sua parcela de contribuição num todo maior e, ao mesmo tempo, é influenciado por ele.”(EnCena). O que você diria sobre isso?

Considero verdadeiro esse trecho do artigo. Há, sem dúvida, essa troca e influência entre indivíduos e a moda, e ambos estão constantemente se transformando... Um pelo outro!

Concordo com o autor, que diz que a moda está simultaneamente dentro e fora dos indivíduos, pois contribui com o colorido do seu jeito de ser e é influenciado pelo o que essa teia de indivíduos formou – a moda, através da identificação/aprovação! Demonstra com isso o quão intenso é esse entrelaçamento.

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03- Apesar de cada pessoa ter sua singularidade é inegável que a tendência da ‘coletividade’ exerce uma pressão sobre a individualidade de cada ser humano. Como isso pode afetar de maneira positiva e negativa?

Sim, há esta pressão! Parece certo dizer que essa tendência à coletividade é uma forma de amenizar o sofrimento que o indivíduo tem de ser “”.

Não que a coletividade não seja importante, porém a PRESSÃO para que sejamos todos “iguais” pode estar demonstrando sofrimento e, talvez, medo de perceber o quanto o ser humano é solitário em si. Esse eu solitário (individual), que eu nomearia o “eu em sua essência”, às vezes perde a mesma pela pressão do coletivo.

O que penso ser negativo! Afetar positivamente? Acredito que a coletividade é saudável, mas a partir do momento em que há liberdade de se viver o individual ainda que esteja no coletivo.

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04- Um termo que me deparei recentemente chama-se ”Psicologia da Imagem". Basicamente, é uma análise dos valores pessoais como: a empatia, congruência e aceitação positiva, onde se busca ou em pessoas com distúrbios, equilibrar o que é a imagem real e aquela percebida pelo cliente”. Será que é viável dizer que a própria Psicologia está tendo que “evoluir” para atender as necessidades cada vez maiores das pessoas que são atingidas de maneiras bruscas por tantas informações a apelos?

Sim, sem dúvida a ciência psicológica tem evoluído em prol das demandas e necessidades atuais, ainda que tenha uma base inicial que a assegura.

05- A ditadura da beleza é outro agravante nos nossos dias. Nossa cultura nos bombardeia com imagens de padrões difíceis de serem alcançados pela maioria. De que forma eleva minha autoestima, para que eu consiga me adaptar, usar a moda à meu favor e não ser esmagada por ela numa busca por um padrão imposto pela mídia?

A ditadura da beleza sempre foi um agravante! É uma “imposição” que tem sim poder quanto ao padrão de beleza a ser seguido e que, com certeza, pode ferir muitas pessoas que não se enquadram nele. Um autor que estuda questões humanas, Heilborn, na obra “Corpo, Sexualidade e Gênero”, afirma que a imagem física é uma dimensão produzida pelos efeitos da cultura e que cada geração sofre a influência do conteúdo cultural de sua época.

Buscando informações na história, é curioso observar que houve tempos em que as mulheres obesas eram mais valorizadas esteticamente do que as magras, o que é o inverso nos dias de hoje. Então, essa ditadura pode e, muitas vezes, escraviza. Não é simples ser livre totalmente dessa “imposição”!

Porém, para eu ser livre de alguma coisa que é imposto, esse espaço precisa estar preenchido com uma construção própria: o meu querer! A nossa autoestima também tem a ver com a capacidade que temos ou não de nos perceber como individuais e com gostos separados. Se conhecer é de extrema importância!

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06- Acredite ou não, uma pesquisa feita pela Unilever relatou que 69% das brasileiras já deixaram de fazer alguma atividade por conta de baixa autoestima e, PASME, 80% delas não estão satisfeitas consigo mesma. Isso me faz pensar em questões pouco discutidas abertamente: , sem contar que esses distúrbios que antes atingiam ‘apenas mulheres’ hoje atinge uma grande de homens também! A responsabilidade dessa crescente é apenas da mídia ou nós não educamos e nos omitimos?

Não costumamos gostar daquilo que não tem cor (ou não se sabe a cor), por isso buscamos algo colorido, que enche os nossos olhos. Se não temos ou não sabemos a nossa, a do outro fica a mais bela cor a ser copiada... Sem dúvida, a mídia tem parte nessa responsabilidade, pois investe fortemente num padrão de beleza conforme dito na questão anterior.

Porém, se tenho uma cor própria, não serei colorida pela tinta que a mídia “impõe”.

Tenho a minha! Já tenho cor! A realidade é que questões profundas estão envolvidas nesse processo. Conhecer melhor a si mesmo e, com isso, as suas escolhas, o que lhe dá prazer e o que não, se perceber como individual (apesar de conviver em grupo), é muito significativo.

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07- Cirurgias estéticas deixaram de ser algo para uma correção ou pela saúde e passaram a ser uma resposta para qualquer dificuldade ou problema que temos em ser ‘diferente’ do que é dito mundo à fora. Cada vez mais mulheres estão ficando viciadas em cirurgias (- -“) e quando um médico recomenda que não opere, elas procuram um que faça! O Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking mundial de intervenções cirúrgicas, com aumento de 120% delas nos últimos 4 anos. São dados tão alarmantes que poderia continuar escrevendo e eles não acabariam! O que quero que você nos diga é: PORQUE chegamos nesse ponto?

Acredito que essas três últimas questões entram no mesmo fim. O fato de buscarmos o padrão “imposto” e que dita o que é belo (o que não é real), provavelmente tem a ver com um vazio de si mesmo. O nível do envolvimento nessa busca de padrão demonstra o nível dessa falta ou vazio.

A moda ou um padrão de beleza pode nos atingir de maneira saudável quando nos identificamos com alguns detalhes ou aspectos, mas reproduzir é patológico e merece atenção especial. Penso que não chegamos a ponto algum, sempre estivemos, o humano sempre foi humano. Porém, com o crescimento midiático, afloram e mostram mais as patologias, que também só mudaram de roupa na maior parte dos casos, ou seja, muda o jeito de aparecer conforme o contexto cultural.

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08- Adriana Guraieb, da Associação Psicanalítica Argentina disse: “Nós não estamos demonizando ascirurgias plásticas, mas acreditamos que você tem que colocar limite aos excessos. Estas mulheres são pessoas que sofrem uma desvalorização de si tão grave, ameaçando a própria vida, e perder seus traços de identidade, porque elas querem se parecer com as celebridades. Se a autoestima está no fundo do poço, não será a cirurgia que irá removê-la de lá.” Resume bem não é mesmo?

Sim, cirurgia não transforma o interno das pessoas. O que ajuda as pessoas a se conhecerem mais e entenderem as suas escolhas e buscas é psicoterapia. E todo excesso merece atenção!

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09- Uma palavrinha para as leitoras queridas que assim como eu enfrentam essa batalha todos os dias.

Talvez três coisas. A primeira é que é impossível sermos o outro. A segunda é que temos características próprias que diversifica o arsenal de mulheres ou homens bonitos. E a terceira e essencial, é que a beleza acontece de dentro pra fora.

Quem nunca se encantou com uma pessoa incrível e que se formos olhar está fora do tal padrão de beleza que a mídia coloca?

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10- Sobre e + Uma consideração final

O Tênis e Salto Alto tem uma criatividade ímpar, chamando as pessoas a observarem a beleza humana e se gostarem como são, buscando uma vida saudável e o seu próprio caminho.

Agradeço o convite! Um abraço carinhoso a todos!

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Ariane Pelossi

Psicóloga CRP 06/ 106370

Formada pela Unoeste- Presidente Prudente/SP

Impressionante algumas coisas né?

Como a questão da influência, grupo, moda e auto-estima estão tão ligadas e podem controlar tantas areas.

Se você passa por algum tipo de influência negativa ou conhece alguém, procure orientação de um especialista! Você é unica e não pode ser moldada a forma da maioria, até porque jamais vai conseguir ser outro.

xoxo Anne Nicole ;*

(Y)

 
 
 

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